Por: Helena Castro de Sousa, fromagere do Verdemar
Entre as centenas de queijos que existem em Minas Gerais, destaco, hoje, três artesanais que merecem ser conhecidos por todos os admiradores e apaixonados por bons queijos.
O que apresento a você, leitor, é bem mais que simples queijos. É história de vida, tradição, amor e um encontro do passado com o presente, ou melhor, é a verdadeira arte de produzir um queijo artesanal.
Começo falando do Queijo Minas do Alemão, elaborado na Fazenda Limeira, localizada na Zona Rural de Guanhães. A grande diferença deste queijo é a complexidade do seu sabor e aroma. Sua maturação acontece numa câmara que fica cercada de plantas frutíferas, como manga, mexerica, acerola, graviola, ameixa, banana, laranja, jabuticaba e abacate. Então, o vento leva para dentro da câmara os aromas das frutas frescas que acabam deixando, em cada lote de queijo, um blend de aromas que variam de acordo com cada estação do ano.
Todo processo acontece naturalmente, sem interferência de refrigeração. O Queijo Minas do Alemão é baseado numa receita antiga dos avós do produtor, que não é um estrangeiro – é um mineiro ‘da gema’ que por ter a pele bem branca ganhou este apelido ainda na infância. Seu nome é José Antônio de Figueiredo Neto.
José Antônio vive na Serra da Canastra e seu queijo é um dos mais diferentes minas artesanais, pois o terroir do local é o que garante a exclusividade das características organolépticas do produto. É elaborado com leite cru, sal, coalho e o famoso pingo e a cura demora 30 dias. Tudo isso confere uma consistência firme e bem macia, sabor suave com acidez equilibrada e seu aroma sugere frutas maduras.
O segundo queijo de hoje é o Calambau, um queijo que tem sua raiz na cultura dos tropeiros, que eram as pessoas que faziam o transporte das mercadorias em lombo de burros, respeitados pelo importante trabalho prestado e conhecidos em todo o estado.
Como quase todos os bons queijos, sua receita nasceu de um acidente de percurso. Diz a lenda que o queijo foi criado por acaso, quando um dos tropeiros transportava uma garrafa de cachaça e um queijo de Mariana a Ouro Preto. Ambos produtos seriam dados de presente.
No caminho, a garrafa se abriu, espalhando a cachaça na bolsa de couro que estava o queijo. Essa viagem demorou alguns dias e a cachaça acabou curtindo o queijo. Ao provar o presente, todos acharam maravilhosos tanto o sabor quanto o aroma. Então, nascia um queijo de leite pasteurizado, de sabor levemente encorpado e com acidez bem equilibrada.
Sua textura é compacta e macia. Sua casca é envolvida com corante urucum que garante uma coloração alaranjada, dando um sutil gosto de especiarias. Seu aroma irresistível sugere uma nota de cachaça envelhecida em tonéis de carvalho. Calambau é o antigo nome de Presidente Bernardes, cidade da cachaça e reduto dos tropeiros em Minas Gerais.
Por último, apresento o queijo Minas Artesanal Paladar de Minas, do mesmo produtor do Calambau e que também tem sido descrito por todos que apreciam o produto como um queijo de sabor ímpar.
Este queijo é elaborado com leite de vaca pasteurizado. Seu grande diferencial está no processo de defumação, pois é o primeiro queijo artesanal a ser defumado. Os queijos são deixados na maturação por um período de 21 dias, tempo suficiente para equilibrar a acidez e manter um sabor suave, textura cremosa e aroma de leite quente cozido no fogão a lenha, ressaltando, assim, um suave gosto defumado.
Os três queijos apresentados são produtos artesanais que mantêm viva a cultura mineira. O grande diferencial de cada produto está no processo artesanal de cada produtor, que sabe aproveitar o terroir de sua região para fazer da receita algo único. Todas essas iguarias podem ser encontradas no Supermercado Verdemar.
Estes queijos estão à venda no Verdemar?
Boa tarde.
Quanto a reportagem Os diferentes aromas e sabores dos Queijos Minas Artesanais – Verdadeiras obras de arte, gostaria de fazer uma observação.
No texto diz “Começo falando do Queijo Minas do Alemão, elaborado na Fazenda Limeira, localizada na Zona Rural de Guanhães.”
Em outro paragrafo é mencionado que o proprietário é o SR. “José Antônio vive na Serra da Canastra”.
Só para esclarecer Guanhães, não faz parte do conhecido circuito da Serra da Canastra. Fica a Dica.
Boa tarde,sou Jorge de Volta Redonda RJ e trabalho com linguiças e doces artesanais e quero agregar o seu produto. Quero saber os sabores de queijo e o preço atacado tabela e se possível a localização para que eu possa visitar.