Mineiro faz 3 mil pães de queijo para festival de cinema em Paris

Antônio Cançado de Araújo, de 59 anos, vive na França há 37 anos e foi responsável pelos quitutes que integraram o festival.

De Bom Despacho para Paris. Três mil pães de queijo fizeram parte do menu servido no Festival de Cinema Ecos Indígenas, que ocorreu em Paris, na França, no final do mês de Maio.

Antônio Cançado de Araújo, de 59 anos, foi o chef responsável por preparar o quitute preferido do mineiro. “Não queríamos vender pipoca com Coca-Cola”, disse.

O evento ocorreu em um cinema clássico na avenida Champs-Élysées, próximo de um dos pontos turísticos mais visitados da Europa: o Arco do Triunfo. A mostra, que durou dois dias, recebeu cerca de mil pessoas, incluindo, autoridades francesas e brasileiras.

“A minha expectativa para o festival era a valorização da cultura mineira, a valorização da cultura brasileira e mostrar as raízes da nossa gastronomia”, disse o empresário Antônio, que vive na França há 37 anos e criou marca de pães de queijo.

As origens do pão de queijo

O que muita gente não sabe é onde as histórias da origem indígena e da grande tradição mineira se cruzaram. “O pão de queijo é feito com mandioca e a mandioca é uma herança dos indígenas do Brasil. Isso porque precisamos fazer o pão para alimentar o povo que ia à procura de ouro para as Minas Gerais. E a farinha que tínhamos era de polvilho de mandioca”, contou.

Os europeus trouxeram os queijos e, por acaso, surgiu o pão de queijo. “E a tradição de se fazer queijo. Então, as cozinheiras da época começaram a colocar aqueles pedaços duros, difíceis de utilizar para fazer o pão”, disse.

Pão de queijo une Brasil, Espanha e França

Ele conta que a receita do quitute servido no festival é da família. “Adaptamos a receita para os ingredientes daqui. O nosso polvilho é mineiro, de Bom Despacho, o queijo parmesão é da Itália, o leite é francês e os ovos espanhóis. A receita foi criada pela minha irmã que herdou da minha avó e das minhas tias”, disse Antônio.

Ele garante que a iguaria mineira é bem recebida no país. “São cinco anos servindo pão de queijo com a minha empresa e os franceses adoram. O pessoal fica extasiado”, contou.

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