Veículo passou por 10 regiões produtoras do estado para promover a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade
A jornada da KombiQueijo, que percorreu as dez regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal, chega ao fim em Belo Horizonte neste domingo (17). A expedição, que uniu milhares de mineiros em apoio ao reconhecimento desse símbolo da gastronomia local como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, termina na capital mineira com uma programação especial e já em clima de festa.
Durante a manhã, a Kombi estilizada, transportando um Queijo Minas Artesanal de quatro quilos em uma redoma de vidro, estará no Mercado Central, um dos pontos mais tradicionais de Belo Horizonte. À tarde, o veículo segue para o Mercado de Origem, onde se integrará à 1ª Edição da Rua do Queijo e do Patrimônio. Esse evento inédito celebra o queijo como ícone da cultura mineira, reunindo produtores de todas as regiões caracterizadas do estado, reforçando a tradição, técnica e dedicação envolvidas na produção artesanal.
Segundo Maricell Hussein, organizadora da missão, a chegada à capital dos mineiros após quase três mil quilômetros rodados, reflete bem todo o apoio recebido ao longo do trajeto. “Foi uma jornada incrível, em que pudemos sentir o carinho e o orgulho que o povo mineiro tem pelo nosso Queijo Minas Artesanal. Fomos recebidos com festa e com muita alegria por onde passamos e o sentimento é de que estamos mesmo todos unidos pela conquista deste reconhecimento que mudará a história deste símbolo de Minas Gerais”, afirma Maricell.
A ação reforça a mobilização da candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, iniciativa que conta com o apoio do Governo de Minas Gerais, Secult-MG, Iphan, Iepha-MG e da Comissão para Promoção e Difusão da Candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal. A avaliação será realizada durante a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Unesco na primeira semana de dezembro em Assunção, no Paraguai. De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, o título coloca Minas Gerais em destaque mundial. “Esse acontecimento pode colocar o nosso queijo no seleto grupo de patrimônios da cultura alimentar mundial reconhecidos pela Unesco. É um momento importante, de levar Minas para o mundo e, claro, Minas para os mineiros. Por isso, nada melhor do que uma Kombi andando e fazendo campanha para fortalecer a nossa candidatura do Queijo Minas, patrimônio do mundo”, destaca.
Entre montanhas e sabores
A expedição terá ao todo onze dias. Araxá foi o ponto de partida. Na sequência, o grupo seguiu para as regiões produtoras do Triângulo Mineiro, Cerrado, Serra do Salitre e Canastra. A aventura, então, ganhou outros ares nas regiões de Serras da Ibitipoca, Campo das Vertentes e Diamantina, passando pelo Serro e finalizando o trajeto na região produtora de Entre Serras da Piedade ao Caraça. Após a passagem por Belo Horizonte, o grupo retorna a Araxá. “Essa é uma iniciativa muito bonita para valorizarmos cada vez mais o nosso queijo. O Governo de Minas, Emater, Ima e Epamig estão sempre juntos com os produtores de queijo, desburocratizando, trabalhando para que eles produzam com mais facilidade, com sanidade, com segurança alimentar e alcancem novos mercados”, destaca o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes.
O Queijo Minas Artesanal (QMA) representa um marco da produção artesanal de Minas Gerais. Famoso por ser feito a partir de leite de vaca cru e por manter métodos tradicionais em pequenas propriedades rurais, a iguaria é fonte de renda para milhares de pessoas no estado. “Os produtores aguardam esse reconhecimento com muita ansiedade. Falamos com muitos ao longo desse trajeto e o sentimento é de otimismo e alegria, que também se espalha pelas cidades onde a produção do QMA é parte da história e da cultura. Queremos refazer esse trajeto em 2025 comemorando o título em todas as regiões produtoras”, finaliza Maricell.