Um americano especialista em queijo artesanal brasileiro

A nossa personalidade este mês é internacional.  Daniel Strongin é um mestre queijeiro americano que conhecemos durante  III Prêmio Queijo Brasil, realizado em São Paulo.  Nasceu na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, mas está no Brasil há 14 anos, residindo no Rio de Janeiro, onde se tornou o verdadeiro “gringoca” original como ele mesmo diz aos risos. Confira:

Como começou seu trabalho com queijos?

Daniel Strongin. Foto Portal do Queijo

Trabalhei como chef por 28 anos. Comecei minha jornada no mundo dos queijos em meados da década de 80, na América do Norte, começando a trabalhar no pavimento de queijos de um supermercado, local que tornou-se um dos maiores espaços de queijos do estado. Com o passar do tempo, me tornei presidente da Sociedade de Queijos Americanos e em seguida, consultor de qualidade dos processos e administração par pequenos produtores de produtos artesanais de laticínios no estado da Califórnia, um dos maiores produtores de leite dos Estados Unidos.

Qual a sua formação profissional?

Possui certificação em qualidade de alimentos, porém,  minha maior formação  foi com os mestres das cozinhas por onde trabalhei. A disciplina que aprendi com os grandes chefes de cozinha americana, foi muito útil em minha carreira.

Por que escolheu o Brasil para Viver?

Fui casado com uma brasileira. Cheguei com visto temporário e me apaixonei e hoje vivo no Rio de janeiro. Atualmente sou consultor de qualidade de treinamento, além e palestras. Também sou assessor do grupo Comer Queijo.

Como é a produção de queijos no exterior?

A última família a produzir queijos artesanais nos Estados Unidos foi em 1903. Após a industrialização, alguns alimentos como o queijo deixou de ser artesanal e passou a ser industrializado. Mas na década de 80, algumas famílias tendo à frente as mulheres que moravam no interior começaram a produzir queijos com leites de cabras, mas foram muito poucas. Hoje, devido a industrialização, a produção de queijo artesanal na América do Norte está quase extinta.

E vindo de muitos anos trabalhando com queijos no exterior, o que acha dos queijos artesanais brasileiros?

Existe  uma tradição de mais de 350 anos e  são inúmeros os produtores de queijos artesanais espalhados pela nação. Do norte ao sul, sempre vamos encontrar alguém que fabrique queijos artesanais.  São 16 tipos de queijos unicamente brasileiros, com tradição de mais de um século. Queijos que têm o terruá – o sabor do Brasil. E para mim são muito valiosos. Fico surpreso que alguns foram imigrantes e chegaram aqui fazem  queijos similares aos de suas origens.

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