Quando falamos em Queijo Minas Artesanal (QMA) nossa memória quase sempre nos remete ao queijo Canastra, entretanto o queijo Canastra é só mais um entre tantos lugares que produzem essa preciosidade mineira que já ganhou prêmios em concursos renomados como o “Mondial du Fromage de Tours”, na França.
Ao falarmos de QMA, precisamos entender que o modo de produção artesanal traz características únicas a cada produto e essas peculiaridades estão diretamente relacionadas à região produtora e são influenciadas pelo clima, época do ano, tipo e manejo do gado, método de produção ou a receita do queijo. Todas essas questões é que fazem o queijo da Canastra ter características diferentes do queijo de Araxá e do queijo do Cerrado. Apesar de termos em todas elas QMA, cada um é um produto diferente. Diante disso não vamos levar gato por lebre!
A região da Serra da Canastra talvez seja a mais conhecida como produtora de queijo, mas ela não é a maior produtora. Esse título é hoje da região do Cerrado Mineiro. Existem atualmente sete regiões reconhecidas como produtoras do QMA, são elas: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro.
Como falei anteriormente, cada região possui características peculiares que dá identidade única ao produto. Pegando carona na fama e interesse dos consumidores pelo queijo Canastra muitos comerciantes mal-intencionados colocam produtos à venda como sendo oriundos da Canastra de Araxá ou Canastra do Cerrado. Portanto quando o consumidor se depara com essa questão, o melhor é não adquirir o produto visto que essas denominações não existem. Nesse caso fica claro que a procedência do produto é duvidosa, e quando se trata de um produto produzido com leite cru, nãos saber a procedência estamos colocando nossa saúde em risco.
Confira quais são as cidades de cada região
Para entender melhor como as regiões são caracterizadas, cada uma das regiões abrange várias cidades adjacentes que possuem características semelhantes.
- Araxá – Araxá, Campos Altos, Conquista, Ibiá, Pratinha, Pedrinópolis, Perdizes, Sacramento, Santa Juliana, Tapira e Uberaba.
- Campo das Vertentes – Barroso, Conceição da Barra de Minas, Coronel Xavier Chaves, Carrancas, Lagoa Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Prados, Piedade do Rio Grande, Resende Costa, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, São João Del Rei, São Tiago e Tiradentes.
- Canastra – Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São Roque de Minas, Tapiraí, Vargem Bonita e São João Batista do Glória.
- Cerrado – Abadia dos Dourados, Arapuá, Carmo do Paranaíba, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Guimarânia, Lagamar, Lagoa Formosa, Matutina, Patos de Minas, Patrocínio, Presidente Olegário, Rio Paranaíba, Santa Rosa da Serra, São Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, Tiros, Varjão de Minas e Vazante.
- Serra do Salitre – Serra do Salitre.
- Serro – Alvoradas de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas, Coluna e Serro.
- Triângulo Mineiro: Araguari, Cascalho Rico, Estrela do Sul, Indianópolis, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Nova Ponte, Romaria, Tupaciguara e Uberlândia.
Para cada região temos um tempo de maturação (ou cura) específico, obtido por pesquisas que atestam a segurança para consumirmos do produto, mas isso será tema de uma próxima conversa. Diante disso, sabermos a origem do produto que estamos consumindo é uma informação básica e necessária, para aproveitarmos as qualidades dos produtos que temos intenção de saborear.
Algumas dicas para se adquirir um bom produto:
1. Procure adquirir em estabelecimentos que informem a origem,
2. Se informe a respeito do nome do produtor,
3. Verifique o tempo de cura,
4. Busque o número de registro no órgão fiscalizador nesse caso, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA),
5. Se informe no estabelecimento de venda, sobre o local onde se armazena o QMA.
*Fonte: http://www.ima.mg.gov.br/certificacao/queijo-minas-artesanal
Bom, 3 fazendas distantes 5 km podem ter o mesmo queijo com denominações”diferentes” no entanto não é isso que se observa no produto. A maior parte dos clientes estão mais interessados no sabor do queijo do que saber se foi feito de cá ou de lá destas subdivisões mineiras.
Com todo respeito, a dra pode entender profundamente do assunto academico,porem canastra ,e apenas uma regiao aqual seu mercado por ser de mais facil logistica atendeu a regiao de sp ,com isso foi mais conhecido.Porem existe queijos que nao indicaria pra conssumo mesmo produzido na regiao da “canastra”.
Onde consigo desse queijo canastra de Araxá para revender? Caso alguém tenha o contato me passa por gentileza pelo whatsapp 31 998544397.
Pois já pesquisei de todas as formas e não consigo.
Achei muito estranho mesmo, o cpf do fabricante que consta no queijo não existe Manuel antonio da fonseca do “queijo canastra de araxa o mais saboroso”
Mais importante do que saber a origem do queijo é saber se foi feito de leite de gado criado solto (não confinado) alimentado a pasto (sem ração), se esse produto é cru, isto é, não foi pasteurizado nem aquecido, se o gado bebe água pura não contaminada com agrotóxicos e outras impurezas e, preferencialmente, que o queijo não seja de vaca holandesa mas preferivelmente de vaca indiana (zebu, gir).