Iguaria milenar admirada e respeitada, o queijo é celebrado de diversas formas pelo mundo. Existe Dia do Queijo, Festas do Queijo (essas são muitas, no mundo todo), Museus do Queijo, apenas para citar algumas curiosidades.
Para começar, nosso astro tem um dia mundial para ser celebrado: 20 de janeiro. Nosso estado de Minas Gerais, celeiro de inúmeras joias da iguaria, não poderia deixar de ter sua própria data para celebrar: aqui, comemoramos, também, o Dia dos Queijos Artesanais, em 16 de maio. A data foi instituída em junho de 2017, quando o governador Fernando Pimentel sancionou a Lei 22.506/2017. A data escolhida remete ao registro, em 2008, do Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas regiões do Serro, da Serra da Canastra e do Salitre ou Alto Paranaíba na categoria Saberes, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Pode parecer um exagero uma iguaria ter mais de uma data comemorativa, mas creio que devem existir inúmeras outras pelo mundo afora. Fato é que trata-se de um alimento que, produzido desde o período Neolítico, se torna a impressão do que cada povo tem em sua raíz, suas tradições e as características do local onde foi criado. Isso torna o queijo uma parte da identidade daquela região, algo único mas, ao mesmo tempo, com possibilidades infinitas de criação.
Reforça esse conceito o fato de existirem grandes museus nacionais e internacionais que contam a história do queijo. É uma forma curiosa e deliciosa de contar a história do seu povo e do queijo. Grandes exemplos são os museus na Holanda (Dutch Cheese Museum – Alkmaar) e em Portugal (Museu do Queijo de Pêraboa – Covilhã). O primeiro tem seu foco nos dois queijos holandeses mais famosos: o pequeno e esférico Edam e a grande e achatada roda de Gouda; o segundo, conta a história da produção de queijo na Serra da Estrela, local de onde saem delícias semimoles e amanteigadas, de leite de ovelhas.
Sei que estes não são os únicos e o Brasil não fica para trás. Aqui, em Minas Gerais, por exemplo, temos o Museu Queijo Canastra, em Medeiros, que é um centro de referência cultural dos queijos artesanais para toda a histórica região da Canastra.
A partir de agora, desafio você, leitor, a pesquisar de onde vem o queijo que está na sua mesa. Certamente, ele é objeto de orgulho de uma família, um povoado, uma cidade, uma região. Ele é o produto final de uma história. E, quando viajar, procure saber sobre o queijo produzido na região. Certamente, isso irá acrescentar algo novo aos seus conhecimentos locais.
Na rede de supermercados Verdemar, você encontra uma enorme linha de produtos de diversas regiões do Brasil e do mundo. Experimente e embarque nessa viagem!
*Por Helena Castro de Sousa, fromagere do Verdemar