Serra da Canastra: Produtores e as demandas

Na segunda matéria do Especial da Serra da Canastra, vamos contar um pouco mais sobre produtores que resgatam a cultura do queijo e aumentam os lucros.

A primeira matéria você encontra aqui.

Carlos Henrique Soares

ENCOMENDAS SUPERAM PRODUÇÃO

Na fazenda do Capão Grande, Carlos Henrique Soares também não tem conseguido atender às encomendas que chegam de Belo Horizonte, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo. “A procura está intensa”, diz ele, abrindo o sorriso.

Ele aprendeu a fazer queijos aos 7 anos. Adulto, trabalhou profissionalmente no ramo até o início dos anos 90, quando os preços caíram muito e ele desanimou. De 1998 a 2015, apenas forneceu leite para laticínios e cooperativas.

No início deste ano, foi incentivado pelo amigo e também queijeiro Guilherme Ferreira a voltar à atividade. Deu certo. Carlos Henrique acertou a mão e, hoje, produz, cerca de 20 queijos por dia. Com o lucro, vem aos poucos, fazendo as adaptações, exigidas pelo Mapa, em sua propriedade.

 

ORGANIZAÇÃO E ASSEPSIA

Já no sítio de Claudiano e Andressa Ribeiro de Lima as vacas são tratadas com homeopatia. “De carrapatos a mastites, resolvemos tudo sem necessidade de antibióticos”, conta Andressa, lembrando que também já cimentaram o curral e construíram o tronco (local de imobilização dos animais para coleta de sangue).

Claudiano e Andressa Ribeiro de Lima

Quarta geração de tradicionais famílias de queijeiros, eles dedicam-se em tempo integral ao negócio. Como fazem outros fabricantes, o produto é cuidadosamente embalado em papel de seda e colocado numa caixa com rótulo próprio. ” Tudo o que podemos fazer para valorizar o queijo, nós fazemos”.

Cauteloso, o casal toca a vida de forma simples. Apesar de a renda já ter melhorado, eles ainda não pensam em luxos. Jovens e sem filhos, eles têm poucas ambições. “Só queremos uma remuneração justa que nos possibilite oferecer um produto cada vez melhor”, diz Claudiano.

 

NO CAMINHO CERTO

     Antônio e Aparecida de Faria Costa

Antônio e Aparecida de Faria Costa são outro casal que abraçou a vocação familiar para produção de queijos. Eles seguem o ritual diário de ordenhar, esperar o leite talhar e preparar a massa. Durante anos, eles foram funcionários de outras pessoas. Há apenas três, adquiriram o sítio Talismã e iniciaram produção própria. O dinheiro já deu para Antônio comprar um carro popular, fundamental para o transporte, a venda e a compra de produtos.

Em fase de regularização dos processos, eles já conseguem preços entre R$35 e R$40 em cada queijo. Pretendem fazer um financiamento para atender às exigências que tornarão possível a inscrição no Sisbi-POA (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e o selo do Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e anseiam por um pouco mais de conforto, depois de anos de labuta.

 

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Créditos: Maria Teresa Leal/Luana Rodrigues

Fonte: Sistema Faemg

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