Minas Gerais será o primeiro estado do país a entregar o Selo Arte a produtores de queijos artesanais. Treze produtores do Queijo Minas Artesanal (QMA) de diferentes regiões do estado receberão o selo durante o Concurso Mundial do Queijo do Brasil, que começa nesta quinta-feira (8), em Araxá, no Alto Paranaíba.
Regulamentado pelo governo federal, no mês passado, o Selo Arte viabiliza a comercialização interestadual dos produtos artesanais de origem animal. Neste primeiro momento, receberão o selo os produtores artesanais cujas queijarias já estão registradas no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), instituição vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), responsável pela defesa agropecuária do estado.
Além da entrega inédita do Selo Arte, que reforça a tradição e o papel de destaque do estado como referência na produção de queijos artesanais no país, o Governo de Minas, por meio da Secretaria da Agricultura e de suas vinculadas (Emater-MG, Epamig e IMA), tem programação diversificada nesta primeira edição do Concurso Mundial do Queijo do Brasil. O evento vai reunir produtores e especialistas de várias partes do mundo, além de variados tipos de queijos nacionais e internacionais que irão participar de um concurso para a premiação dos melhores. São esperados mais de 500 queijos concorrentes, entre artesanais e industrializados.
Segundo o superintendente de Abastecimento e Cooperativismo da Secretaria de Agricultura, Gilson Sales, o concurso é uma oportunidade para trazer para Minas toda a diversidade dos queijos artesanais.
“O momento é muito positivo e oportuno, porque os queijos artesanais estão sendo reconhecidos e valorizados em todo o mundo”.
avalia o superintendente da Seapa.
Cinco especialistas do Sistema Agricultura do estado fazem parte do corpo de jurados como avaliadores técnicos e sensoriais dos queijos participantes do concurso: o superintendente da Seapa, Gilson Sales; dois especialistas da Emater-MG: o coordenador técnico de Bovinocultura, Albany Arcega, e a coordenadora técnica de Bem-Estar Social, Leni Alves de Souza, além de mais dois pesquisadores da Epamig/Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT): Júnio de Paula e Renata Golim. Uma equipe da Emater-MG também ficará responsável pela recepção, catalogação e organizações dos queijos nas mesas, de acordo com cada categoria concorrente.
Palestras
O Mundial do Queijo do Brasil também terá uma extensa programação técnica. Duas palestras serão proferidas pela Emater-MG. No dia 8 (quinta-feira), às 18 horas, a extensionista da Emater-MG Sílvia de Lima Passos irá fazer uma apresentação com o tema ‘A produção do Queijo Minas Artesanal e sua relação com o meio ambiente’. A proposta é mostrar como o meio ambiente de uma região define as características do queijo. Em Minas Gerais, existem sete regiões caracterizadas como produtores do Queijo Minas Artesanal: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro.
Já no dia 9 de agosto (sexta-feira), às 11h30, será a vez da palestra ‘Saiba como validar uma região queijeira reconhecida pela Emater’, apresentada pela coordenadora técnica Maria Edinice Rodrigues. “Vamos mostrar o passo a passo que o produtor deve seguir e como a Emater elabora a caraterização para que uma região seja reconhecida como produtora de queijo”, explica a coordenadora.
Treinamento
Especialistas da Secretaria de Agricultura, Emater-MG, Epamig e do IMA promovem treinamento sobre a certificação dos queijos artesanais. Ele é destinado a profissionais, técnicos e veterinários de associações, cooperativas e representantes da inciativa privada que desejam ser certificadores pelo estado. Dividido em duas etapas, a parte teórica começa nesta quinta-feira (8), a partir das 8 horas. A parte prática inclui visita técnica a uma propriedade tradicional na produção de queijo artesanal e será realizada na sexta-feira (9), na parte da manhã.
O Governo de Minas terá ainda um estande, na área externa do Grande Hotel, onde vai funcionar um plantão técnico, com a parceria da Secretaria de Agricultura e suas vinculadas. Os técnicos vão orientar o público sobre documentos e normas estabelecidas para o registro de queijarias e certificação de queijos, informações sobre boas práticas de produção, cartilhas técnicas e demonstração dos produtos lácteos fabricados a partir das pesquisas e tecnologias da Epamig.
O Concurso Mundial do Queijo do Brasil vai contar com a presença de uma missão da Guilde Internationale des Fromagers, uma associação de origem francesa que congrega mais de 6,5 mil profissionais de queijo do mundo inteiro. Para o presidente da Associação dos Produtores do Queijo Minas Artesanal Araxá (Aqmara), Wilson Menezes, o evento vai incentivar e valorizar a produção de queijos artesanais em Minas.
“Vai chamar mais atenção do mundo para este produto que temos aqui, que é um produto de qualidade. É o ouro de Minas. Vai trazer muitos benefícios para os produtores, criar oportunidades e gerar renda para as famílias.”
afirma.
Fotos: Divulgação/Seapa
Serviço
Mundial do Queijo do Brasil
Local: Grande Hotel de Araxá
Data: 8 a 11 de agosto
Entrega do Selo Arte: 9 de agosto – 19h30
Informações e inscrições: www.mundialdoqueijodobrasil.com
Tomara que vingue. Minas Gerais tem que mostrar as caras e os queijos também.
É um modo de preservar nossa cultura e fazer renda também.
Esse negócio de queijo artesanal mineiro é conversa para Boi dormir, o preço deste produto não condiz com a realidade economica do povo brasileiro. Outra coisa é o custo benefício do queijo artesanal mineiro, ele é muito pequeno em relação ao valor que é vendido.
Também, a maioria dos produtores mineiros de queijos artesanais não são fiscalizados pelo IMA, EMATER-MG, EPANIM e Vigilância Sanitária. os técnicos destes órgãos não fiscalizam as queijarias nem os lojistas que vendem estes queijos. Isto é um atentado à segurança alimentar não só do povo mineiro mas de todo o Brasil.
Sei também que muitos dos funcionários destes órgãos são também produtores de queijos artesanais e fazem vista grossa sobre o mercado dos queijos artesanais.
O mercado dos queijos artesanais de minas, os órgãos que deveriam fiscalizar os produtores e comerciantes de queijos ainda estão na época do Brasil Colônia, não existe seriedade sobre o assunto, não existe responsabilidade quanto à segurança alimentar.